04 - A infiltração do marxismo cultural no Brasil - Marxismo Cultural e Revolução Cultural - 4/6
Enquanto os EUA viviam Woodstock e a revolução cultural, o Brasil vivia um regime de exceção, de um governo civil-militar que foi instaurado para evitar a instalação do comunismo no Brasil. Em 1964, antes do início do processo mundial de transformações culturais, os militares estavam preocupadíssimos com a situação do comunismo no Brasil. A Igreja brasileira apoiava os militares, fazendo diversas manifestações populares contra o comunismo no país. A Igreja brasileira era conservadora e anticomunista[1].
Apesar de o regime de exceção ser chamado de ditadura, quando comparado às outras ditaduras da América Latina, vê-se que o regime no Brasil não foi tão violento assim. A contagem de vítimas de perseguição, feita pelos próprios movimentos esquerdistas, chegou a cerca de trezentas pessoas, levando em consideração que em diversos momentos o exército se confrontou com guerrilhas ou se envolveu em confrontos armados. Ao contrário, é notório que a repressão militar representou o crescimento da cultura comunista no país, pois os militares achavam que o comunismo que devia ser evitado era o comunismo armado, deixando de lado o comunismo cultural, chegando até mesmo a subsidiá-lo. O governo militar dava dinheiro para publicações comunistas. Tal realidade é confirmada pelos próprios marxistas.
Os militares eram liberais e por isso acreditavam que era preciso dar espaço também para a esquerda. Os militares tinham medo da insurreição armada, dando aos marxistas uma válvula de escape: as universidades. Os espiões nas salas de aula só verificavam se os professores ensinavam algo no que diz respeito à revolta armada. Quando isso era comprovado, o indivíduo era levado para interrogatório e, esporadicamente, torturado. Os militares brasileiros não souberam identificar e combater o marxismo cultural, mas somente o marxismo armado.
Aproveitando-se dessa situação, alguns autores comunistas passaram a se aproveitar de novelas para ir, pouco a pouco, apresentando o conteúdo revolucionário para a nação[2]. As novelas (realidade que ainda hoje continua no Brasil) se prestaram a levar à frente a proposta da escola de Frankfurt de revolução cultural. Mas, para a população em geral, a grande impressão era a de que as novelas eram expressão da sociedade capitalista decadente americana e que estavam por destruir o cristianismo e a família brasileira.
Atualmente, no Brasil, ganha grande exposição nas novelas um dos grandes bastiões da revolução cultural: a promoção da cultura homossexual. Para que se explique a importância do homossexualismo no contexto revolucionário é necessário fazer um pequeno resgate histórico e teórico. Marcuse, percebendo que a revolução marxista não eclodiu através da luta de classes, se aproveitou de uma realidade característica do ser humano (a inveja), para alimentar um combustível de revolta. Pierre Bourdieu[3], por sua vez, sistematizou a revolta no conceito de excluído[4], que foi criado para promover a questão da inveja. Aí entram os homossexuais[5], pois o seu desejo de igualdade com os heterossexuais os leva constantemente à revolta.
Seguindo fielmente esta cartilha, as novelas brasileiras tem buscado apresentar a cultura homossexual principalmente pela exploração do lesbianismo, uma vez que os grandes opositores do homossexualismo, os homens heterossexuais, aceitam mais facilmente o relacionamento entre duas mulheres do que o relacionamento entre dois homens. O machismo do brasileiro é o maior empecilho para a aceitação do homossexualismo neste país[6].
Os que pensam a revolução cultural sabem que seu trabalho deve ser feito de forma lenta, gradual, dando a impressão de naturalidade, ou seja, dando a impressão de que a sociedade caminha assim naturalmente. O marxismo cultural, no Brasil, já conseguiu a hegemonia cultural e da mídia. Pela política da dominação de espaços, já dominaram a classe falante (jornalistas, cineastas, psicólogos, padres, juízes, políticos, escritores) que é formada no pensamento do marxismo cultural. Não existe nenhuma universidade brasileira que seja exceção... principalmente as católicas.
Tudo isso é fruto de um descaso histórico dos conservadores[7], que permitiu que o marxismo cultural tomasse conta das universidades. Em qualquer curso universitário é possível constatar tal realidade através de um ódio frontal e fundamental ao cristianismo, aos valores cristãos e mais especificamente ao catolicismo tradicional. E o que se vê é que a classe falante revolucionária, apesar de ser minoria, domina hegemonicamente os meios de produção da cultura, enquanto a maioria de brasileiros mudos, conservadores em muitos aspectos, não tem representação, imaginando que seu posicionamento é compartilhado por poucos[8].
Referências
Fonte: padrepauloricardo.org
Aula de Marxismo Cultural com o Padre Paulo Ricardo - 6 Aulas
01 - Marxismo Cultural e Revolução Cultural
02 - O Fascismo e Marxismo Cultural - Marxismo Cultural e Revolução Cultural
03 - Reação à crise marxista - Marxismo Cultural e Revolução Cultural
04 - A infiltração do marxismo cultural no Brasil - Marxismo Cultural e Revolução Cultural
05 - T. da Libertação e sua influência na Igreja - Marxismo Cultural e Revolução Cultural
06 - Como lutar o bom combate - Marxismo Cultural e Revolução Cultural
Enquanto os EUA viviam Woodstock e a revolução cultural, o Brasil vivia um regime de exceção, de um governo civil-militar que foi instaurado para evitar a instalação do comunismo no Brasil. Em 1964, antes do início do processo mundial de transformações culturais, os militares estavam preocupadíssimos com a situação do comunismo no Brasil. A Igreja brasileira apoiava os militares, fazendo diversas manifestações populares contra o comunismo no país. A Igreja brasileira era conservadora e anticomunista[1].
Apesar de o regime de exceção ser chamado de ditadura, quando comparado às outras ditaduras da América Latina, vê-se que o regime no Brasil não foi tão violento assim. A contagem de vítimas de perseguição, feita pelos próprios movimentos esquerdistas, chegou a cerca de trezentas pessoas, levando em consideração que em diversos momentos o exército se confrontou com guerrilhas ou se envolveu em confrontos armados. Ao contrário, é notório que a repressão militar representou o crescimento da cultura comunista no país, pois os militares achavam que o comunismo que devia ser evitado era o comunismo armado, deixando de lado o comunismo cultural, chegando até mesmo a subsidiá-lo. O governo militar dava dinheiro para publicações comunistas. Tal realidade é confirmada pelos próprios marxistas.
Os militares eram liberais e por isso acreditavam que era preciso dar espaço também para a esquerda. Os militares tinham medo da insurreição armada, dando aos marxistas uma válvula de escape: as universidades. Os espiões nas salas de aula só verificavam se os professores ensinavam algo no que diz respeito à revolta armada. Quando isso era comprovado, o indivíduo era levado para interrogatório e, esporadicamente, torturado. Os militares brasileiros não souberam identificar e combater o marxismo cultural, mas somente o marxismo armado.
Aproveitando-se dessa situação, alguns autores comunistas passaram a se aproveitar de novelas para ir, pouco a pouco, apresentando o conteúdo revolucionário para a nação[2]. As novelas (realidade que ainda hoje continua no Brasil) se prestaram a levar à frente a proposta da escola de Frankfurt de revolução cultural. Mas, para a população em geral, a grande impressão era a de que as novelas eram expressão da sociedade capitalista decadente americana e que estavam por destruir o cristianismo e a família brasileira.
Atualmente, no Brasil, ganha grande exposição nas novelas um dos grandes bastiões da revolução cultural: a promoção da cultura homossexual. Para que se explique a importância do homossexualismo no contexto revolucionário é necessário fazer um pequeno resgate histórico e teórico. Marcuse, percebendo que a revolução marxista não eclodiu através da luta de classes, se aproveitou de uma realidade característica do ser humano (a inveja), para alimentar um combustível de revolta. Pierre Bourdieu[3], por sua vez, sistematizou a revolta no conceito de excluído[4], que foi criado para promover a questão da inveja. Aí entram os homossexuais[5], pois o seu desejo de igualdade com os heterossexuais os leva constantemente à revolta.
Seguindo fielmente esta cartilha, as novelas brasileiras tem buscado apresentar a cultura homossexual principalmente pela exploração do lesbianismo, uma vez que os grandes opositores do homossexualismo, os homens heterossexuais, aceitam mais facilmente o relacionamento entre duas mulheres do que o relacionamento entre dois homens. O machismo do brasileiro é o maior empecilho para a aceitação do homossexualismo neste país[6].
Os que pensam a revolução cultural sabem que seu trabalho deve ser feito de forma lenta, gradual, dando a impressão de naturalidade, ou seja, dando a impressão de que a sociedade caminha assim naturalmente. O marxismo cultural, no Brasil, já conseguiu a hegemonia cultural e da mídia. Pela política da dominação de espaços, já dominaram a classe falante (jornalistas, cineastas, psicólogos, padres, juízes, políticos, escritores) que é formada no pensamento do marxismo cultural. Não existe nenhuma universidade brasileira que seja exceção... principalmente as católicas.
Tudo isso é fruto de um descaso histórico dos conservadores[7], que permitiu que o marxismo cultural tomasse conta das universidades. Em qualquer curso universitário é possível constatar tal realidade através de um ódio frontal e fundamental ao cristianismo, aos valores cristãos e mais especificamente ao catolicismo tradicional. E o que se vê é que a classe falante revolucionária, apesar de ser minoria, domina hegemonicamente os meios de produção da cultura, enquanto a maioria de brasileiros mudos, conservadores em muitos aspectos, não tem representação, imaginando que seu posicionamento é compartilhado por poucos[8].
Referências
- Com relação à Igreja no Brasil, a mudança no panorama se deve, em grande parte, à Teologia da Libertação, mas também por influência do Concílio Vaticano II. Porém, a realidade eclesial será abordada com maior clareza em outro momento. Esta aula se dedicará à análise dos acontecimentos civis.
- Dias Gomes, por exemplo, transpôs para as novelas a mentalidade marxista. Através de suas obras, aproveitando-se do liberalismo militar e do liberalismo capitalista de Roberto Marinho, fomentou a aceitação do divórcio na sociedade brasileira. Na sua mais famosa novela, Roque Santeiro, apresentou uma caricatura da Igreja, apresentada como uma farsa, mostrando que estaria interessada somente no dinheiro e na opressão dos pobres.
- Sociólogo francês.
- Na realidade, tal conceito nasceu de um pensamento marxista. Foi um termo cunhado para explorar a inveja como combustível capaz de eclodir uma revolução. O combustível da inveja é capaz de produzir uma revolta. Os acontecimentos de protestos nas bolsas de valores no mundo inteiro, por exemplo, não é outra coisa que simplesmente fruto da inveja: as pessoas querem ter mais. Nunca houve uma sociedade que possuísse tanto, mas que ao mesmo tempo fosse tão infeliz.
- Existe algo de muito inquietante no homossexualismo por sua própria natureza, pois ele está numa situação em que sua própria opção de vida sexual o coloca contra a realidade biológica da ordem das coisas. Querem igualdade, organizam passeatas, mas não existe ideologia nesse mundo que consiga tal intento, pois a estrutura da realidade não é de acordo com o que estão querendo ou exigindo. Não existe ideologia no mundo que consiga mudar o fato de que de uma união homossexual não irá produzir fruto. Exatamente por isso o movimento homossexual é um dos mais utilizados para quebrar a ordem das coisas.
- A tática revolucionária, porém, é bastante simples: se é possível aceitar o relacionamento homossexual entre duas mulheres, qual a razão de ainda serem criadas barreiras para a aceitação do relacionamento homossexual entre dois homens?
- Tanto no que diz respeito aos militares, quanto à elite capitalista brasileira e à própria Igreja.
- Tal característica conservadora da população brasileira ainda pode ser comprovada numa análise encomendada por um grande jornal que mostrou que 70% da população brasileira ainda tinha posições conservadoras em questões morais (não aceitação do aborto, não aceitação do casamento gay, defesa da indissolubilidade do matrimônio, do valor da castidade e da virgindade, da pena de morte, contra a liberação das drogas).
Fonte: padrepauloricardo.org
Aula de Marxismo Cultural com o Padre Paulo Ricardo - 6 Aulas
01 - Marxismo Cultural e Revolução Cultural
02 - O Fascismo e Marxismo Cultural - Marxismo Cultural e Revolução Cultural
03 - Reação à crise marxista - Marxismo Cultural e Revolução Cultural
04 - A infiltração do marxismo cultural no Brasil - Marxismo Cultural e Revolução Cultural
06 - Como lutar o bom combate - Marxismo Cultural e Revolução Cultural
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